terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Baile Mágico dos Seres Imaginários



O Baile dos Seres Imaginários é uma banda que exalta a proximidade existente entre a música e a literatura. Sob a temática da imaginação fantástica, que povoa a mente das pessoas, desde crianças até adultos, a banda traz composições próprias em que as palavras e os sons se inteiram e encantam por si só. No palco, a música combinada à poesia e 'contação' de histórias e o visual lúdico levam o público ao encontro de seres recriados a partir do imaginário popular.

A banda reunida em estúdio, depois de ceder entrevista ao blog.
À direita da foto, Juanna Silvestre, produtora do Baile.
A banda completou 3 anos em outubro, e surgiu a partir de um grupo de amigos que compunha a equipe de produção do espaço literário Casa da Palavra, na programação do Festival de Inverno de Garanhuns de 2009 (PE). Em meio a leituras e vivências diversas surgiu a ideia de se montar um grupo de recital poético que levasse poesia para o público infanto-juvenil de uma forma prazerosa e lúdica. Entre as obras encontradas neste espaço, uma chamou a atenção dos amigos: “O livro dos seres imaginários”, de Jorge Luis Borges. Daí o nome O Baile dos Seres Imaginários. Com o passar do tempo o grupo percebeu a necessidade de se dar maior espaço à música nas apresentações. Assim, o objetivo de aproximar o público da literatura permaneceu, com os poemas e a contação de histórias, mas a música tornou-se protagonista. Juanna Silvestre, que foi convidada em outubro de 2010 pra dar uma força com a banda fala da abertura que o Baile tem no meio literário: “tinha-se muito medo de dizermos que éramos uma BANDA por não termos vindo de uma escola de música, porque música para nós era um hobby, fazíamos por prazer”, logo assumiram-se assim pela aceitação do público e elogio pela iniciativa. ”Eu acho que a gente sabe a limitação da gente enquanto músicos, conversamos bastante sobre isso” – explica a produtora.
Desde sua primeira formação, a banda se apresentou em Bienais e Festivais de Literatura, fez parte da programação de eventos como o Festival de Inverno de Garanhuns, o Festival A Letra e a Voz do Recife, o Ciclo Natalino da Cidade do Recife, as Quartas Literárias do Centro de Cultura Luiz Freire e a Campanha de apoio às Bibliotecas Comunitárias. O Instituto Peró, o Espaço Manuel Bandeira (Livraria Saraiva), o Museu do Homem do Nordeste/Fundaj e o Espaço Muda de Experimentações artísticas também receberam a banda em sua programação.


SOBRE A SEDA AZUL

Rodrigo Fisher, em ensaio fotográfico.
Foto: Élida Tayne
O show Sobre a seda azul, criado principalmente para o público infanto-juvenil, conta as aventuras de uma viagem a uma dimensão em que o Céu é tão distante e grandioso quanto próximo e íntimo para cada um de nós. Os integrantes d’O Baile dos Seres Imaginários acreditam na força que a arte tem em atrair as pessoas e na proximidade limiar que existe entre música e palavra. Nesse contexto, a intenção é despertar o público tanto para a música quanto para a literatura. Por isso aproximaram a música à poesia e à 'contação' de histórias, agregadas à presença do livro em cena, quase que ininterruptamente. Rodrigo Fisher, vocalista e compositor da banda falou um pouco de como surgiu o nome do show “Sobre a Seda Azul”: "surgiu porque as composições estavam indo para essa temática do céu literal, que tem a lua, as nuvens os pássaros, e o céu filosófico de viver no mundo da lua, de viver com a cabeça nas nuvens, de sonhar, de imaginar. Conseguimos achar esse link que já existia. No início não entendemos mas depois foi incrível quando todo mundo conseguiu entender que essa ideia já existia.", explica Rodrigo encantado com o projeto. A banda explora elementos do fantástico em suas letras e nos textos extraídos de obras de grandes escritores brasileiros como Manuel Bandeira, Roseana Murray e Mário de Andrade, autores que souberam como poucos reinventar a ludicidade da vida. No projeto, ritmos como reggae, rock, samba de coco, maracatu e forró são executados de acordo com as influências dos integrantes da banda e estão presentes num mix com as temáticas lúdicas dos tons circenses e latinos, conduzidas por batidas dançantes.  Para Laryssa Freitas, estudante de administração, a banda leva os ouvintes a outra atmosfera "o Baile dos Seres Imaginários traz de volta a magia da fantasia, da poesia, do amor. Impossível assistir um show e não sair de lá com um sorriso de um lado pro outro do rosto", elogia a fã. Assim como nos trabalhos anteriores, esse show é permeado por cores que se apresentam tanto nas músicas e nos dizeres poéticos, como também no figurino e na maquiagem, inspirados nas fantásticas criaturas e situações delineadas nas composições musicais e nas poesias e contos. 

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